domingo, 13 de junho de 2010

Um pouco da minha trajetória profissional

Enquanto estudante do ensino médio, dentre os cursos que pensei prestar vestibular, psicologia me fascinava. E o melhor: não tinha em Santa Maria. Eu teria que me mudar para cursar - já sonhava em morar sozinha. Quando chegou a hora, já tinha psico na minha cidade, só que eu já estava convencida de que era o que eu queria - morar sozinha teria que ser mais tarde...


Minha formação era basicamente psicanalítica (como a maioria das faculdades do sul do Brasil, influenciadas pela forte tradição em psicanálise da Argentina). Cinco anos de graduação, desde 1999 até colar grau em 2004. “A do contra” aqui, claro, não se identificou com o tio Freud! Eu gostava muito da psicologia hospitalar, da TCC (terapia cognitivo-comportamental) e da linha Sistêmica, que acabei seguindo...

Mudei-me para Porto Alegre - morando sozinha!:-) Fiz três anos de formação em terapia familiar e de casal com a perspectiva sistêmica. Recebi o título de especialista em psicologia clínica. Atuo desde 2005 em consultório particular, atendendo casais, famílias e adultos individualmente.

O trabalho em consultório é gratificante, apesar de solitário. Sim, solitário. Porque mesmo que o trabalho seja interativo em sessão e eu entre na vida das pessoas (adoro essa parte!), tudo o que acontece ali é sigiloso. Eu via minhas amigas, elas falavam do trabalho delas e eu nada. À noite perguntava para as pessoas como tinha sido o dia delas e elas contavam um monte de coisas e eu nada.

Pois um psicólogo não pode comentar qualquer coisa do setting terapêutico. Aquela coisa de “falar a história sem citar nome” é anti-ético e cabível de punição! Nem pra um paciente pode citar o exemplo de outro, nem com codinome, nem que mude o cenário. Se eu encontro um paciente meu em um restaurante e o cumprimento, não posso dizer para as pessoas acerca de mim “aquele lá é meu paciente” (nunca, mesmo que não cite nada da história dele).

O paciente, esse sim, pode me apresentar a outro como “aquela é minha psicóloga”. Só ele tem o direito de dizer – se quiser, quando quiser e para quem quiser dizer – que faz psicoterapia.

No ano de 2007 comecei um mestrado em docência universitária na universidade UTN de Buenos Aires. As aulas foram por algum tempo quinzenais aos sábados e domingos, depois fui duas temporadas para lá cursar de modo intensivo as disciplinas. Concluí essa parte, mas a dissertação está parada. Pretendo retomar esse ano, tenho até outubro do ano que vem (2011) para concluir. O tema? Criatividade.

Em 2008 comecei outra graduação na UFRGS, Licenciatura em Psicologia. Nada "clínico", esse curso aborda aspectos didáticos e educativos, treinamentos de liderança e de habilidades comportamentais /relacionais, educação coorporativa, grupos, trabalhos em ONG’s e psicologia aplicada à diversas áreas. Além de habilitar para o ensino da psicologia no ensino médio e técnico (que não é vivencial, mas o ensino da teoria psicológica para quem não quer ser psicólogo).

Já em 2009 participei do programa de trainee da PS Empresa Júnior de consultoria empresarial, vinculada à Escola de Administração da UFRGS, ingressando como consultora de projetos em dezembro do mesmo ano. Já realizei projetos de marketing e plano de negócios. Foi muito bom para mim unir o trabalho em consultório com consultoria --> trabalhos estratégicos (sobretudo estratégias de marketing), EP’s e Focus group (pesquisa quali em marketing), além do delicioso trabalho de cliente-oculto... As empresas precisam dessa visão sistêmica do psicólogo!

Creio que estou no caminho certo...

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